sexta-feira, 27 de abril de 2018

Peniche não foi Auschwitz nem Gulag

Nós, penicheiros, já percebemos que a solução governativa - que nos foi imposta - para a Fortaleza de Peniche fez parte do caderno encargos assumido pelo Partido Socialista (nacional) no contrato da GERINGONÇA celebrado com o Partido Comunista Português. 
Nós, penicheiros, também já percebemos que a "ideia" quando foi sufragada em petição por uma mão cheia de assinaturas da Esquerda - tipo caviar e outros epítetos de intelectualidade "mais à frente" - daria corpo à velha aspiração do PCP em fazer da nossa fortaleza um santuário comunista por excelência.
Nós, penicheiros, descendentes dos penicheiros que durante meio século conviveram em paz e silêncios contidos com essa besta repressiva em que o fascismo salazento transformou a nossa fortaleza, resignámo-nos há um ano e meio atrás com a prepotência demonstrada pelo governo central.  
Mas quando o ministro da Cultura, Luis Castro Mendes, tem a desfaçatez de considerar que o Forte de Peniche "tem um valor na memória nacional comparável ao campo de concentração de Auschwitz enquanto lugar de práticas de sofrimento devido à repressão do anterior regime", nós, os penicheiros, temos o dever de protestar veementemente contra uma de duas coisas: ou contra a (aparente) ignorância ministerial sobre as práticas repressivas da PIDE/DGS no "Forte de Peniche", ou contra o exorbitar da subserviência da Cultura geringonceira ao comité central do PCP.
Esperemos pois que o ministro se retrate e peça desculpa a todos os Penicheiros, fartos de ver a sua terra constantemente prejudicada por actos e omissões de carrascos do Poder e serviçais políticos.

Sem comentários: